LAMENTÁVEL NOTICIA PARA O INÍCIO DE ANO.


PF prende auditor fiscal por cobrar propina em quatro cidades.

Uma operação desencadeada na segunda-feira pela Polícia Federal (PF) de Araraquara com apoio da Delegacia Regional do Trabalho terminou com a prisão em flagrante de um auditor fiscal do trabalho acusado de cobrar propina de empresários de quatro cidades na região: Matão, Itápolis, Ibitinga e Borborema. 




O negócio paralelo, que já durava cinco anos, era feito de uma forma até simples: ao fazer a fiscalização e encontrar irregularidade, ele cobrava uma “taxa” para esconder o caso e não aplicar a multa administrativa.

O delegado Nelson Edilberto Cerqueira, chefe da PF, conta que o auditor do trabalho L.M.P., de cerca de 50 anos, preso por corrupção passiva com pena prevista de dois a 12 anos, vinha sendo investigado há dois meses. A prisão seguiu uma pista. 



O dono de um restaurante de Matão, A.B. foi fiscalizado e alguns problemas foram encontrados, entre eles, falta de tabela de horário dos funcionários. A multa para o estabelecimento poderia chegar a R$ 30 mil, mas o auditor fez uma proposta, segundo a PF: bastaria pagar R$ 2 mil e o caso estava encerrado.

A investigação aponta que R$ 500 foram pagos na hora e o restante seria acertado anteontem. Representando o dono do restaurante, o contador D.C., veio até Araraquara se encontrar com o auditor na Avenida Prudente de Moraes, ao lado da Igreja do Santana.


 Toda a cena foi filmada pelos federais. Ao pegar os R$ 1.500, tanto o auditor quanto o contador foram presos. “Ele nos disse que o dinheiro seria um empréstimo, mas, é claro, não acreditamos em nada disso. Depois, o empresário que confessou que pagaria a propina”, diz o delegado.

Para a PF, além dos estabelecimentos comerciais, o auditor receber ia propina também de empresários rurais nas quatro cidades da região. “Temos confirmados dois casos de produtores que não investiram em equipamentos de segurança como botas dos trabalhadores e seriam multados, mas, ao invés disso, alguns sem opção e pressionados, aceitaram pagar a quantia média de R$ 2 mil”, frisa o chefe da PF. “Teve gente que não pagou, foi multado e foi à falência.” A falta de equipamentos como as botinas, inclusive, gerou o nome da operação.

Empresários rurais que tenham sido coagidos pelo auditor fiscal do trabalho devem procurar a PF para denunciar o caso. Nesses episódios, segundo Cerqueira, a pessoa não responderá criminalmente e será enquadrada como vítima. Milton Bollini, delegado regional do Trabalho, diz que a postura do servidor rompe todas as regras da instituição e o caso já foi levado à Corregedoria. “Eles decidirão o que será feito, mas que fique claro que não compactuamos com nada disso e, aqui na regional de Araraquara, a tolerância é zero.”


Fonte Jornal Tribuna Impressa/Araraquara-SP.

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